Mapeando o Terreno – Evolução e Design Inteligente

Cristãos que se mostram intelectual e espiritualmente responsáveis chegaram a diferentes visões do processo de criação de Deus, mas uma coisa é certa: o darwinismo está em crise.

Tomada isoladamente, a descrição da criação de Gênesis é sucinta e sobrenatural.¹ Em dias sucessivos, Deus criou o céu, o mundo e suas criaturas. Ponto final. Uma vez que apareceu o primeiro casal, Adão e Eva, eles começaram a procriar, e a árvore genealógica brotou. As Escrituras detalham então gerações e expectativa de vida, e quem faz contas pode construir uma linha de tempo de apenas alguns milhares de anos de Adão a Jesus.

No entanto, descobertas de fósseis levantaram algumas dúvidas. Se os processos naturais de sedimentação e petrificação os formou, pareceria que a sua origem era bastante antiga. Além disso, algumas das criaturas fossilizadas, como os dinossauros, sugerem uma idade muito anterior ao tempo de Adão bíblico. Como deve reagir um cristão bíblico a questões como essas?

No século XIX, Charles Darwin apareceu com uma resposta: rejeitar o livro de Gênesis. Em seu lugar, ele propõe uma consideração puramente materialista do aparecimento do homem, que não tem necessidade de Deus, muito menos da história de criação específica da Bíblia. Segundo Darwin, as formas de vida cada vez mais sofisticadas surgiram como o resultado de dois fenômenos naturais: mutação e seleção. No decorrer do tempo, curiosidades biológicas vieram à tona. Algumas deram vantagens às criaturas e viveram para passar seus genes: sobrevivência do mais capaz. Sem planejamento, passo a passo, as espécies surgiram e avançaram, ou assim conta a história. Hoje, essa história desfruta de enorme reputação na comunidade científica.² Universidades, museus, publicações e distintas gabam-se disso constantemente.³ Ainda assim, as pesquisas sugerem que o público em geral tem suas dúvidas.

As respostas cristãs são muito variadas. Alguns procuraram acomodar Darwin, sugerindo que Deus usou a evolução para fazer a Sua obra de criação.⁴ O Senhor programou os resultados na forma mais primitiva de vida ou simplesmente podou a árvore evolutiva como desejava no decorrer do tempo. A maioria destas pessoas lêem os dias da criação (pelo menos os primeiros cinco) como eras. Outros vêem um enorme intervalo de tempo entre Gênesis 1.1. e 1.2.

Os cristãos que estão convencidos de que Gênesis defende uma Terra jovem podem sofrer várias alfinetadas. Alguns simplesmente dizem que Deus criou a Terra recentemente, com idade aparente. Por exemplo, as primeiras árvores vieram completas com anéis de crescimento. Outros sustentam que Deus executou processos naturais de avanço rápido nos primeiros dias, utilizando uma catástrofe onde quisesse.

Uma coisa que todos os cristãos podem concordar é que Deus criou. O acaso não foi o autor da criação e não é preciso ser cristão para acreditar nisso. O movimento do Design Inteligente está atraindo uma gama de pensadores convencidos de que pelo menos alguém, ou alguém mais, tinha de estar por trás das glórias da natureza. Se deístas, politeístas ou os fãs de extra-terrestres, eles se juntam aos cristãos dizendo que a humanidade não aconteceu por acaso, que o darwinismo não é confiável.

O darwinismo está justamente sob a mira em muitas frentes. Um número crescente de críticos agora levanta perguntas embaraçosas, aponta insuficiências e destaca incongruências.⁵ É claro que alguns dos inimigos de Darwin são tão descuidados como os evolucionistas que criticam, mas há vozes responsáveis na terra e estas vozes devem ser ouvidas .

Sim, confiança no Deus Criador envolve fé, mas menos fé do que os darwinistas devem ter para sustentar sua teoria naturalista. Sem Deus, eles devem se apegar a esta explicação materialista para explicar os fenômenos, de modo que eles estão presos ao darwinismo, até que, na sua opinião, algo melhor apareça ou até perceberem que algo infinitamente melhor, e verdadeiro, existia o tempo todo.

Notas de Rodapé: