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Mapeando o Terreno – Divórcio

Instituído por Deus nos capítulos de abertura de Gênesis, o casamento é um fundamento da sociedade humana, e, como ensina o Novo Testamento, destina-se a retratar a inabalável relação entre Cristo e Sua Igreja. Deus quer que o casamento dure para toda a vida, fato que destaca repetidamente na Bíblia.

A cultura secular tem uma visão diminuída do casamento, jogando-o no fluxo e refluxo da emoção, conveniência e ambição humana. Os votos do casamento são frequentemente menosprezados, fazendo zombaria destas palavras respeitáveis: “Para ter-te e amar-te de hoje em diante; na saúde ou na doença; na riqueza ou na pobreza até que a morte nos separe, de acordo com a vontade de Deus...”

Embora muitos tentem minimizar a santidade do casamento racionalizando a separação e o divórcio por todas as formas de insatisfações e decepções, homens e mulheres modernos ainda se tornam vítimas da angústia e patologias sociais que o divórcio produz (por exemplo, a maior incidência de pobreza e suicídio) – e seus filhos ficam especialmente vulneráveis. Ao mesmo tempo, as imagens ilusórias da indústria do entretenimento, os exemplos de mau gosto de figuras públicas proeminentes, e o conselho ímpio de muitos amigos e membros da família servem para normalizá-lo. Muitos pais podem ser ouvidos a dizer: “Só quero que ele(a) seja feliz”, enquanto poucos irão confidenciar: “Só quero que ele(a) seja santo.”

Infelizmente, a visão diminuída que a cultura tem do casamento encontrou seu caminho para dentro da Igreja muito mais fortemente do que a elevada visão do casamento sustentada pela Igreja encontrou seu caminho na cultura. Mesmo entre cristãos professos, a taxa de divórcio é surpreendentemente alta, e os pastores acham poucos (se houver algum) assuntos mais difíceis que esse. Apela-se constantemente para que eles desculpem, acomodem e até abençoem múltiplos divórcios e novos casamentos. Embora as Escrituras deem explicitamente somente duas bases para ele – o adultério e o abandono – os ministros são pressionados a permanecer em silêncio quando os casais se separam porque “eles se distanciaram”, “tiveram que pensar em suas carreiras” ou “estavam sempre brigando”. E se a Igreja não for conivente, enfrentará a ameaça da saída, retaliação financeira e distúrbios internos provocados pelos partidários do indignado.

O pastor precisa ficar alerta, sustentando os padrões divinos sem temor, embora de forma amorosa, proclamando a forte palavra divina contra o divórcio. Embora instado a ignorar as histórias dos casamentos e a tratar cada pedido de casamento como uma nova oportunidade de acertar as coisas, o homem de Deus não procura ser mais liberal que Jesus, que traçou firmes linhas no Sermão do Monte; do que João Batista, que falou sacrificialmente a verdade ao poder na corte de Herodes; e do que Paulo que tratou desse assunto enquanto trazia ordem ao caos moral da igreja em Corinto.

Em tudo isso, o pastor deve tratar dos espíritos feridos com cuidado, confirmar os maravilhosos e até mesmo tremendos desafios do casamento e honrar todos os que buscam andar com Cristo, o que quer que haja em seu passado. Mas não pode pensar em comprometer a Palavra pelo bem da bondade e da comunhão, pois o mundo está desesperado por um discurso claro e piedoso sobre essa questão de gravidade extrema.