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O “Ministério” de Judas

1 Veio, pois, Jesus seis dias antes da páscoa, a Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. 2 Deram-lhe ali uma ceia; Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam ã mesa com ele. 3 Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus, e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do bálsamo. 4 Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair disse: 5 Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres? 6 Ora, ele disse isto, não porque tivesse cuidado dos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, subtraía o que nela se lançava.

João 12.1-6 (JFA)

O mundo ama a Igreja quando a Igreja se parece com o mundo. Os seculares se deleitam, especialmente quando os líderes religiosos levantam seus pontos de preocupação – e desde que suas respostas não soem abertamente cristãs. Por sua vez, esses clérigos desempenham a parte que lhes é esperada, e guardam suas duras críticas para outros crentes comprometidos com a fidelidade bíblica e com o cristianismo histórico. Já é suficientemente ruim quando o mundo despreza o testemunho da Igreja. Pior ainda, é o escárnio quem vem de dentro do campo.

João 12 narra os movimentos de Jesus quando Seus inimigos O caçaram com o intuito de matá-lO. O capítulo se inicia com uma cena apenas seis dias antes de Caifás tornar Jesus o seu cordeiro pascal. Em meio a essa tensa situação, Jesus compartilhou uma mesa com Lázaro, entre outros, o que é notável já que Lázaro estava morto no capítulo anterior.

Durante a refeição, a irmã de Lázaro, Maria, faz algo extraordinário. Em uma linda atitude de devoção ao seu Senhor, ela pegou um frasco de perfume, que valeria hoje o equivalente a $40000, o despejou nos pés de Jesus, e enxugou Seus pés com seu próprio cabelo. Maria procurou honrar Aquele que havia acabado de ressuscitar o seu irmão dos mortos. Judas, entretanto, não ficou impressionado. Aquilo era o salário de um ano, e o tesoureiro dos discípulos protestou. O perfume deveria ser vendido e o dinheiro dado aos pobres – um sentimento que encontra ressonância em alguns na Igreja de hoje. Porém, a falsa preocupação de Judas provinha de ganância, e não de compaixão. Ele sabia que esse dinheiro seria mais fácil de ser roubado.

Jesus rejeitou as críticas de Judas. Com seu despendioso ato de devoção, Maria agiu com honra, ungindo o Senhor para o Seu sepultamento que se aproximava (v. 7). Judas escondeu sua avareza e falta de verdadeira devoção a Jesus como pretexto para reivindicar um padrão moral mais elevado.

Nos modernos círculos cristãos, as críticas ainda caem com virulência sobre os ministros que proclamam exclusivamente o Evangelho ou sustentam a moralidade bíblica em assuntos tais como a prática homossexual. Esses homens fiéis são expostos ao ridículo e chamados de “anticristãos”, traidores do verdadeiro Jesus que estava “exclusivamente preocupado com a inclusão e se preocupava com o excluído”. Entretanto, são aqueles que se opõem à Palavra de Deus que traem ao Senhor. Eles continuam o “ministério” de Judas ao utilizar suas mesmas táticas.

Pastores fiéis devem encontrar coragem nessa passagem. Aqueles que honram ao Senhor assumem um lugar tal como o de Maria, mesmo enquanto se preparam para as farpas do traidor. A devoção a Jesus e à Sua Palavra é o caminho correto – mesmo quando traz oposição.