Cristãos, sejam cristãos, assim como o sal é salgado!
Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.
Mateus 5.13 (JFA)
Qual o uso do sal? No mundo antigo ele tinha muitas funções. O sal não ficava, simplesmente, sobre a mesa, esperando para animar uma refeição monótona. Encontrado em abundância no Mar Morto, o sal foi utilizado de algumas maneiras que nos são familiares (como preservador de alimentos) e outras não tão familiares (para esfregar a pele de recém-nascidos; cf. Ez. 16.4).
É provável que o Senhor se refira aqui à função de preservação do sal – cristãos devem viver e agir no mundo de tal forma a prevenir sua degeneração moral. Porém, devem ter mais do que a negativa função de fazer com que o mundo não piore. Ao falar e viver o Evangelho, os crentes poderão melhorar as sociedades onde vivem.
É impressionante que Jesus diga ao Seu pequeno grupo de discípulos (v. 1) que eles são o sal do mundo. Suas ações terão consequências significantes, não apenas para a sua própria nação, mas para todas as nações. No entanto, há um aviso anexado a essa ampla visão; eles devem permanecer salgados. Uma vez que o sal perde o seu sabor, torna-se inútil, e também é assim para os discípulos. Enquanto eles viveram debaixo da palavra de Cristo em justiça e obediência, eles mostram que “ser salgado é ser santo”.
A mordacidade neste versículo é a inutilidade do sal que não é mais salgado – “para nada mais presta” (v. 13). Ele não pode ser restaurado; não há um processo de salgar novamente o sal. Ele deve ser descartado.
Os cristãos vão virar o mundo de cabeça para baixo quando de fato se submeterem a Cristo. Eles não deveriam ter ambições pequenas; toda a terra mudará através de sua influência. Um grande chamado traz consigo uma grande responsabilidade. Quando os cristãos perdem o seu caráter, que os torna distintamente cristãos, ele se tornam inúteis. Nações que possuem muitos professando serem cristãos, e mesmo assim apresentam muita decadência, devem se perguntar se não há algo de errado com o sal.
O que é verdade para a nação também é verdade para a comunidade local. Pastores e membros da igreja podem servir a Cristo colocando, em suas próprias comunidades, o sal do testemunho e do serviço logo no início do processo de “podridão”. Se essa podridão estiver muito avançada, apesar da presença de muitas igrejas, a indagação deve se voltar para dentro. Pois quando as igrejas não estão muito salgadas, é esperado que a decadência se espalhe.