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Mapeando o Terreno – A Voz Profética da Igreja

Para muitos, a palavra “profética” traz à mente a imagem de um vidente que descreve, em detalhes exatos, acontecimentos que ainda estão para acontecer. Embora os profetas bíblicos certamente conseguissem predizer eventos vindouros, o profeta era, antes de mais nada, um porta-voz. O profeta falava em nome de Deus.

Ao longo do Velho Testamento, os homens de Deus chamavam o seu povo ao arrependimento e as nações a agirem com justiça. Quer fosse Natã confrontando Davi com a realidade de seu adultério, assassinato e roubo, ou Jeremias detalhando os pecados de Judá que lhe conduziriam a um exílio inevitável, o Velho Testamento registra as vidas de muitos profetas cujas vozes se elevaram acima dos pecados do povo de Deus e da depravação das nações, para comunicar claramente a palavra de Deus.

No Novo Testamento, Cristo, no ofício de Profeta, serviria de modelo para os apóstolos que também conclamaram a Igreja a uma vida de obediência e deixaram claro às autoridades governantes que cabia a Igreja “antes obedecer a Deus que aos homens” (Atos 5.29). Foi neste espírito, e sem temer, que Paulo pregou “a justiça, o autocontrole e o juízo vindouro” (Atos 24.25) a Félix, governador da Judéia e à sua esposa Drusila, assim como instruiu aos cristãos de Roma a respeitarem o governo civil, considerando César como um legítimo “servo de Deus” (Rom. 13.4). Nesta acepção, podemos também considerar a aplicação incisiva, contextualizada e corajosa da palavra como sendo “profética.”

De modo semelhante, ao longo da história da Igreja, os ministros do evangelho consideraram que proclamar a verdade aos que detinham o poder em sua época era uma responsabilidade a eles atribuída por Deus. Personagens como Agostinho, Crisóstomo e Jerônimo recusaram-se a se retrair de abordar diretamente as prementes questões morais de seus dias. Pastores menos conhecidos como Jean-Baptiste Massillon, que combateu pessoalmente a decadência do Rei Luis XIV, fez questão de fazer a palavra de Deus ouvida em praça pública.

Nos dias de hoje, tanto a Igreja quanto as nações aguardam o surgimento de uma nova geração de liderança na igreja. Uma geração que esteja disposta a assumir sua posição ao lado dos gigantes do passado, por meio de pregações proféticas como as que eles proferiam em seus dias. Para que haja um reavivamento e os ídolos culturais sejam quebrados, é necessário proclamar todo o conselho de Deus – não apenas ao povo de Deus, mas aos governantes e autoridades dessa nossa era atual.