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Faculdade, Sexo e Integridade

Em março de 2005, alguns alunos da Faculdade St. Michel em Vermont estavam fartos. Decidiram desafiar a “o cenário de sexo casual do campus” que consistia de escapadelas no recesso de primavera e relacionamentos de uma noite, ambos saturados de sexo.1 “Queriam o direito de exigir mais de seus parceiros quando se tratava de sexo e relacionamentos – mais alegria, mais satisfação, mais compromisso – e menos sexo. Talvez até nenhum sexo.”2 Começaram um jornal estudantil, Dateline SMC, e travaram a relação entre sexo e religião, em grande parte porque a religião se provava como único fundamento que desafiava com poder a cultura licenciosa que estes estudantes vieram a lastimar. “Não porque esperassem se converter, mas porque isso os ajudava a ver como algo tão poderoso quanto a religião pode manter uma comunidade inteira responsável de uma forma que deve, no final, libertá-los de toda essa pressão sexual.”3

É difícil subestimar a falta de integridade que permeia os campi das faculdades atualmente. Um ex-aluno da Universidade George Washington descreveu como rotineiro as ambulâncias recolhendo alunos embriagados.4 Relatou-se que os administradores da Universidade do Colorado e do Estado da Flórida prometeram sexo aos novatos nos esportes.5 Festas de tema de sexo explícito são populares em muitos campi onde os rapazes de vestem como profissionais (CEOs, jogadores de tênis, professores) e a moças se vestem com muito pouca roupa.6 Com certeza, dezenas de alunos em faculdades e universidades seculares estudam sem serem afetados por essa cultura do sexo casual. Mas muitos outros são afetados negativamente.

Enquanto indivíduos de integridade possam ser encontrados em toda e qualquer instituição, de acordo com um estudo recente de Donna Freitas da Universidade de Boston, somente escolas evangélicas realmente criaram uma cultura de integridade. De longe os alunos evangélicos pretendem que sua espiritualidade afete seu comportamento.7 De acordo com Freitas, o mesmo não se pode dizer das instituições seculares ou até mesmo de campi católicos.8 Como colocou outra autora, sem rodeios: “São somente os alunos evangélicos que ponderam sobre as ligações entre a sexualidade e a espiritualidade. Aqueles que se identificam como católicos, de linhagem protestante, ‘espirituais, mas não religiosos’ ou de qualquer outra crença religiosa tendem a não relacionar seus compromissos espirituais ou religiosos às suas escolhas sexuais.”9

Os estudantes entrevistados por Freitas que se identificavam como “espirituais” criam que tinham uma forte ligação com Deus, mas não vinculavam essa relação com sua sexualidade. Criam que “o sexo é uma escolha pessoal que cada indivíduo deve enfrentar sem referência à religião.”10 Entretanto, nos campi evangélicos, onde os estudantes compartilhavam uma identidade e valores comuns, quando se tratava de entender a relação entre fé e sexualidade, Freitas os descreveu como “muito mais maduros” do que alunos de escolas seculares e católicas.11 Isso, certamente, se reflete nas estatísticas. Aproximadamente 80% dos entrevistados em escolas evangélicas ainda se dizem virgens comparados com 37% nas escolas católicas e 31% em escolas particulares e menos de 19% em escolas públicas.12

Felizmente, esses são estudantes cristãos numerosos e consistentes sendo sal e luz em universidades seculares.13 O que a concentração de cristãos nas escolas evangélicas indica é que esses alunos estão empenhados em viver sua fé. Estranhamente, como demonstraram aqueles alunos em St. Michaels, mesmo alunos seculares encontram-se admirando o que os evangélicos têm: integridade. Pode não ser perfeita – há muita hipocrisia nos campi evangélicos. O pecado está em toda parte. Mas, por causa do evangelho, a “cultura do sexo casual” não encontrou brecha nesses lugares. Isso é algo por que se deve agradecer.

Notas de Rodapé:
1

Donna Freitas, Sex and the Soul: Juggling Sexuality, Spirituality, Romance, and Religion on America’s College Campuses (Oxford: Oxford University Press, 2008), xiv. Tradução livre.

2

Ibid.

3

Ibid., xix.

4

Naomi Schaefer Riley, God on the Quad: How Religious Colleges and the Missionary Generation Are Changing America (New York: St. Martin’s Press, 2005), 185. Tradução livre.

5

Ibid., 189.

6

Freitas, 144-148.

7

Ibid., 15.

8

Com relação às escolas seculares ou ao que Freitas chamou de “espirituais”, pois os alunos destas instituições se identificaram como “espirituais, mas não religiosos”. “Alunos matriculados em uma faculdade espiritual podem assumir que o valor será colocado sobre a diversidade, um quase ilimitado senso de liberdade, uma ética de “trabalhe duro/divirta-se à vontade”, e, naturalmente a cultura do sexo casual.” Ibid.

Com relação às escolas católicas: “Em seu comportamento sexual e em suas atitudes concernentes ao sexo e à religião, os alunos de escolas católicas são virtualmente indistintos daqueles que frequentam faculdades sem afiliação religiosa.” Ibid.

Finalmente, com relação às escolas evangélicas: “A cultura dos campi evangélicos é religiosamente inspirada em todos os níveis, e os alunos assumem que seus parceiros estão se preservando para o casamento, se não para outra coisa. “ Ibid., p 14.

9

Lauren Winner, “Foreword,” Sex and the Soul, viii. Tradução livre.

10

Freitas, 20.

11

Ibid., 125.

12

Ibid., 163.

13

Veja também o artigo na Revista Kairos: "Uma Nova Revolução Sexual na Universidade de Princeton".