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O Púlpito: Mais Poderoso que a Espada!

3 Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. 4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas 5 e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.

II Coríntios 10.3-5 (JFA)

A vida é uma batalha. Andar na carne significa guerrear com a carne, e todos, quer cientes ou não, estão inscritos nela. As armas para a guerra, no entanto, são tão diferentes quanto os lados opostos do conflito. A verdade é que a guerra é uma doença espiritual que se manifesta em todos os níveis da vida pessoal, cultural e nacional. É uma realidade do pecado, e os cristãos devem lutar para ganhar com as armas designadas do arsenal divino.

A Igreja não faz a guerra como nações o fazem. Não ostenta o poder de uma espada visível para executar seus inimigos ou seguir com sua pauta. Suas armas são diferentes, com poderes especiais e qualidade superior. Cada cristão é chamado a derrubar os argumentos e opiniões levantados contra Deus. A estratégia de Paulo era atacar implacavelmente as idéias - os "argumentos" (logismos, v. 5) e os "pareceres nobres" (hupsoma, v. 5b) mascarados de sabedoria e inteligência humana. A palavra grega ochuroma (fortalezas, v. 4) tem somente essa única ocorrência no Novo Testamento, e refere-se à fortaleza militar fortificada das legiões romanas de fronteira. Embora os conceitos ateus, slogans e "provas" de que Paulo falou foram enquadrados em palavras substancialmente leves, ele sabia que várias delas poderiam salvaguardar o mal, tão certamente quanto barreiras e muralhas poderiam proteger um tirano.

Paulo enfrenta os pensamentos e sobrepuja os inimigos de Deus através de uma vigilância espiritual versada. O alcance da sua ambição era abrangente. Desejava levar cativo todo pensamento a Cristo. A mente cristã deveria agir como uma sentinela para barrar os devaneios pecaminosos logo em seu começo. Ele não estava preocupado apenas com a base da piedade, fé, obediência individuais e com a pureza da Igreja, por mais essenciais que fossem. Antes, desejava mudar a perspectiva das pessoas sobre cada assunto. Acreditava que, para Jesus ser Senhor, isso exigiria que cada pensamento fosse posto à prova sem piedade para determinar seus resultados e benefícios (se houver) para o cristão.

Este tipo de plano de batalha destrói os variados esquemas para escapar às reivindicações de Deus. Saturado de opções de cosmovisões desenvolvidas para disfarçar a ignorância e a idolatria ímpias dos seres humanos, o Ocidente está agora à beira da ruína. As muitas opções apresentadas aos sofisticados homens modernos são fatalmente defeituosas, pois não são baseadas na verdade de Deus. Agora ‘esclarecidos’, muitos já se tornaram escravos do pensamento que antes prometia libertá-los.

O dever de todo líder cristão é guerrear contra as pessoas no campo da batalha de idéias. Isto exige uma reflexão séria e coragem para enfrentar pontos de vista cultural opostos (mesmo que amplamente aceitos). A reflexão em oração sobre todo o conselho de Deus ordena que a guerra ocorra para barrar o erro quando ele é chamado de ‘verdade’. Falhar em participar desta batalha é não compreender a estratégia de Paulo para o engajamento cultural e a obrigação do cristão de "levar cativo todo pensamento".